terça-feira, 21 de novembro de 2017

Para hacer una poesía

La poesía es el sonido del mar
Es la cáscara de la naranja
Son las olas fuertes o tranquilas
Para hacer la poesía es necesario conocer los dolores de los pobres
Los miedos de una mamá con su hijo(a) enfermo(a)
Lo que pasa la gente en la cárcel
La poesía nos es un grito solo, pero tampoco una sonrisa sin sentido
Para hacerla 
Hay que encontrar los términos
Sufrir con ellos
Tenerles mucha rabia
Cantar cada una de las palabras de la gente hambrienta
La poesía tiene pocas palabras
Sí tiene muchas es un tratado poetico
Es un panfleto que también puede rimar
La poesía está en el corazón del mundo
Pero camina siempre 
Viaja en colectivo
En autos
Pero le gusta a ella andar con los pies en el suelo

             

sábado, 18 de novembro de 2017

Sobre amar

Eu amo tardes em praças
Amo flertes pela janela do ônibus
e
transas fortuitas(assustadas)
em manhãs de domingo



segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Crônica-conto das acerolas*

                 Caminhando pelas estradas de Olinda deparo-me com um vendedor de frutas. Trazia numa bicicleta  um cesto de palha repleto de frutas das mais coloridas possíveis. Avistava-lhe ao longe e aproximei-me quando, de repente, caem-lhe parte de suas frutas no chão. Aquelas frutas de um vermelho-sangue, saindo vida do cesto amarelo-claro. O susto que o acometeu me contagiou e como se me tragasse pelos olhos corri para socorrê-lo, e, ao mesmo tempo se nos vinham pessoas de todos os lados.
                   Ao mesmo tempo em que, catava-lhe as frutas, pensava:" De onde saíram tantas pessoas?" Ele, num átimo de vergonha e medo dizia-nos:" Olhe! Está bom! Não precisa catar mais!" Como se fosse dele uma travessura de menino,como se tanta gente acolhendo-o em sua fragilidade, o colocasse em uma situação de exposição pública! Uma das pessoas, uma mulher num sorriso:" Não! Elas estão tão bonitas! Vamos catar tudo!" E eu, em meio às futas mais suculentas que já tinha visto espalhadas pelo chão sorria como se pensasse:" As pessoas são generosas, há alguma coisa por dentro ainda para superar esse mal do mundo, essa coisa chamada ganância, esse medo de estar com medo!'
                  A coisa acontece em minutos e, de volta todas as bolinhas vermelhas no cesto, ele sorri e agradece. A bicicleta segue em caminho contrário ao meu. Sigo feliz porque alguém segue bem. Ao final do caminho encontro o mar, sóbrio e calado. Num dia chuvoso de uma cidade linda, que até grita:" Ó!Linda!"



* que me perdoe o fruteiro, não fotografei suas acerolas para que seja vívida a história. Esta que vos vai aqui é de pai e mãe, do quintal daqui de casa.