quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

"O que não foi não é" *



                      A vida é sim um mistério e nada há que se fazer para desfazer o nó desse embrulho! Não foi, seria? Como seria se fosse? Muitas perguntas feitas, muitas dúvidas ainda a corroer o ser. Agora uma coisa é certa! Certíssima! Aprendida à duras penas, ou, se não aprendida, no caminho: a angústia sempre nos perseguirá. Aprendida com Clóvis Barros Filho em inúmeros debates assistidos e nenhuma leitura ainda.(Ainda!) Como seres humanos conviveremos eternamente com a "liberdade" de escolher uma vida e sofrer por outras que poderíamos ter vivido!
                      Seria este mesmo o meu amor? O que faço neste trabalho? Por quê ainda insisto nessas situações? O quê fazer agora? É sempre um recomeçar... e que chata seria a vida se já tivéssemos certeza de que era essa mesma a decisão de tudo(algumas coisas você tem certeza que fez a escolha certa, não havia outro caminho e nessas poucas decisões se fortalece)! Um roteiro já conhecido! Que desinteressante! Afinal podemos, mesmo na ansiedade da dúvida, tentar o inusitado.
                      Seguimos num caminho ainda incerto, mas acreditamos que há algo lá na frente. Somente por acreditar que vamos até lá! A análise, com seus duros momentos, mas delicadas descobertas me fez ir entendendo que, a gente vai Lá i lá porque a gente tem esperança, porque a vê uma luz, uma possibilidade. Laila, Lá e lá, sempre tá no nome. Aponta para frente e tenta decidir, tenta, tenta. Cai, tropeça de novo, levanta, recomeça. Cada dia de um jeito, uma nova forma. A dureza das descobertas, a ida ao fundo das reflexões, a necessidade de sair, afastar-se e encontrar-se porque é preciso entender que o que não foi não é e o que será não se sabe. Sem aceitações ingênuas, mas sem hesitações românticas...

Tentando ser...



* trecho da canção: "O Velho e o moço" Los Hermanos


                                                       




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