É preciso (in)trasitividades
além de objetificar os verbos
coisificar os sujeitos
e, abominando regras exploratórias,
fazer novidades
A vida não pode transitar
somente no absurdo do ajuntamento das conjunções
vossas máximas
as exceções
as perversões da letra
não podem ser a primazia
Nós queremos a libertação do nome
a emancipação completa do ser
sendo de fala
ou surdo
A nossa luta cotidiana
na oralidade verdadeira
no limiar da palavra dita
nos conjuga da certeza da vitória
Nossa escrita é feita com sangue
enquanto a vossa é de tinta fresca
Nossa história fica nos cantos dos terreiros
e nosso real não se perfaz de textos e assinaturas
É no dia a dia da vida que traçamos a vida futura
nossos partos são em casa
nosso pé anda no chão
Não lhes pedimos licença para passar
o mundo já é nosso por direito!
sábado, 23 de dezembro de 2017
quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
Condução coercitiva-cotidiana
Quando eles chegam de coturno
chutam a porta
e nem pedem licença
quem se importa?
Quando eles chegam de madrugada
levam meu filho
desaparece o vivo
aparece o corpo
quem se esforça?
Quando a porta já nem chave tem
quando eles nos olham na cara com desdém
quando o helicóptero-cotidiano
barulhento
deixa-nos surdos
deixa-nos mudos
quem acorda?
Quando era chibatada
Quando era tronco
Quando era público o castigo
Quem ignora?
Quando a gente, livre?
trabalhadores violentados
produzindo em série
suando sangue
na linha que despeja carros
quem se arvora?
Quando as mulheres
em casa, nas casas das famílias
família era só a branca com bebês assépticos
enquanto nossos filhos em casa
sem pão e sem educação
quem os nota?
Quando eles nos levam de nossas casas
quando eles nos despejam
quando a casa vira prédio e especulação!
Quem denota?
Muitas perguntas
poucas respostas
trabalho explorado
cárcere
mais-valia absoluta
quarteirização!
Ninguém revolta!
chutam a porta
e nem pedem licença
quem se importa?
Quando eles chegam de madrugada
levam meu filho
desaparece o vivo
aparece o corpo
quem se esforça?
Quando a porta já nem chave tem
quando eles nos olham na cara com desdém
quando o helicóptero-cotidiano
barulhento
deixa-nos surdos
deixa-nos mudos
quem acorda?
Quando era chibatada
Quando era tronco
Quando era público o castigo
Quem ignora?
Quando a gente, livre?
trabalhadores violentados
produzindo em série
suando sangue
na linha que despeja carros
quem se arvora?
Quando as mulheres
em casa, nas casas das famílias
família era só a branca com bebês assépticos
enquanto nossos filhos em casa
sem pão e sem educação
quem os nota?
Quando eles nos levam de nossas casas
quando eles nos despejam
quando a casa vira prédio e especulação!
Quem denota?
Muitas perguntas
poucas respostas
trabalho explorado
cárcere
mais-valia absoluta
quarteirização!
Ninguém revolta!
Assinar:
Postagens (Atom)