segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Filho de mil homens e toda uma sociedade

 

Estou apaixonada por Rodrigo Santoro, Daniel Rezende, Grace Passô, Duda Casoni e todo esse elenco!
Sim, começar já declarando amor logo porque essa suposta resenha aqui é parcial, opiniosa e sem compromisso com as sutilezas da crítica. 
O Filho de mil homens é um filme lindo, mas dolorido. Dói ser a gente, ser gente vendo o filme. Porque sendo pessoa, ser humano, o tapa na cara que Daniel nos dá é verdadeiro, sincero, humano e letal. Sim, letal. É preciso matar o preconceito. Mesmo que a mãe não tenha permanecido à mesa...mas o boneco ganhou lar.
Camilo vira filho de toda uma aldeia e todo mundo parece entender que cuidar é coisa de sociedade!
Camilo, a criança-homem conservador. Crisóstomo, o homem-criança liberdade.
O filme dói, mas afaga. Mobiliza, mas dá abraços, muitos abraços. Estamos precisando abraçar, mas também gritar, é preciso gritar a dor, jogar para fora as mágoas, adotar a criança estranha, mas se adotar, fazer uma adoção das nossas crianças interiores machucadas, perdidas, maltratadas. Cuidar delas...
Daniel não se furta à crise, mas deleita-nos com afeto.
É amor, é política, é possibilidade de recomeço.
Somos todos(as/es) de esmalte em mãos pesadas e doces, filhos de nossas mães, pais, mães outras, entendidas, estrangeiras ou conterrâneas. 
Somos cais, porto, mar, comida que sustenta e cuida.
Somos possibilidades.

Obrigada!













Nenhum comentário:

Postar um comentário