Chamam-se
istas
pois não podem mais ser nada
tentam tanto nome
que não agem
só falazada!
Chama-se "política"
entre aspas colocada!
pra quê
pra ser o quê?
se em nada mais é transformada?
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Sobre espíritos raros
chamam de evoluídos
espíritos raros
chamam de gente mais que gente
não se mede pelo faro
chame de ser humano menos
que mais vaidade
o que se vê também nessa época, claro!
chame os poetas
denunciem fatos
o que se pretende exato!
espíritos raros
chamam de gente mais que gente
não se mede pelo faro
chame de ser humano menos
que mais vaidade
o que se vê também nessa época, claro!
chame os poetas
denunciem fatos
o que se pretende exato!
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Sorrateira
Devagar e escondida
como um poema absurdo
ou um pixo na madrugada
ela te entende
mesmo sem entender
Busca uma saída
sempre
mesmo
sem ser possível
faz a vida acontecer
sorrateira
ela te seduz
com um cuidado
que nem se pode compreender
busca uma coragem
no meio da violência
que a delicadeza
é que deixa aparecer!
como um poema absurdo
ou um pixo na madrugada
ela te entende
mesmo sem entender
Busca uma saída
sempre
mesmo
sem ser possível
faz a vida acontecer
sorrateira
ela te seduz
com um cuidado
que nem se pode compreender
busca uma coragem
no meio da violência
que a delicadeza
é que deixa aparecer!
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Palavra precária
Poeta escreve
porque não adianta falar
Poeta canta
porque ninguém o entende
nem o consegue escutar
poeta é figura precária
Poesia é letra morta
é risco inútil
que, se não sai,
mata
fere
é por dentro que a palavra
se forja
mas quando bate na
consciência-porta
aberta fica
e não pode mais fechar.
porque não adianta falar
Poeta canta
porque ninguém o entende
nem o consegue escutar
poeta é figura precária
Poesia é letra morta
é risco inútil
que, se não sai,
mata
fere
é por dentro que a palavra
se forja
mas quando bate na
consciência-porta
aberta fica
e não pode mais fechar.
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Pelo enfraquecimento e fim do Estado e suas instituições
Pedir o fortalecimento de qualquer setor inventado pelo Estado( Estado
Nacional, Estado-Nação, Estado Burguês, Estado Capitalista) essa instituição que
totaliza pensamentos e não pode garantir as condições de direitos fundamentais
para todos é pedir que continuemos no mesmo caos e luta entre os que comandam a
ordem e os que sofrem as consequências de sua repressão.
O Estado é uma invenção para garantia do poder dos que o gerem, em
QUALQUER modo de produção!
Com este posicionamento definido entremos apenas num dos debates que vem
cercando BH, numa das lutas que são importantíssimas, que são as que tratam
daqueles pelos quais governos, entidades, instituições, muitas vezes só querem
assistir no seu modelo caritativo ou
punitivo. Há uma força em Belo Horizonte, que, ora envolvida em fóruns, ora se
colocando em coletivos, ora despertando saberes nas paredes, e por fim
encarcerados. Isso! Encarcerados! Embora o Estado goste de dizer unidade
socioeducativa, alojamento, medida de internação, sabe-se que os adolescentes no
Brasil e também em BH, estão em prisões, em celas e presos! Não podemos negar
essa realidade. Estaria eu aqui então dizendo que não há como fazer nada? O
negócio é quebrar tudo? Talvez! É preciso não só destruir as cadeias, é preciso
destruir em nós o pensamento prisional!( uma ótima dica de filme:” O segredo
dos seus olhos, filme argentino que ajuda a pensar muito sobre isso que
incutiram em nossa cabeça, essa mania de prender gente!)
É
a ideologia que construiu o Estado que também conseguiu “provar” por A + B que é preciso prender os indesejáveis,
aqueles que não cumpriram com as regras que determinado setor das classe disse
que era necessário cumprir.
Seguindo nesse raciocínio, como vamos fortalecer o Estado? Como vamos
fortalecer o sistema socioeducativo? Devemos, e isso sempre foi condição
fundamental para realização de qualquer trabalho dentro do sistema, respeitar
os trabalhadores que lá estão, respeitar o conjunto de ações que muitos( muitos
sim!, só quem não entrou não sabe!) propõe para que a caminhada na medida seja
possível, apesar de ser sempre dura, pois existe uma maioria que compartilha
com pensamentos atrasados como redução da maioridade penal e penas mais duras.
Como se já não fossem duras todas as já existentes até mesmo fora da cadeia!
Vamos
então tentar entender como as coisas acontecem na real e o que fazer diante da
barbárie. Não há receitas, não há manuais. Só ouvidos atentos para quando se
chega dentro da parada ser possível pensar junto alguma intervenção. A ideia
aqui seria ir minando a parada até ela deixar de existir, mas por dentro? Não
se sabe! Por fora? Quem está disposto? Essa ideia de que o pensamento social é
homogêneo e que TODA a sociedade quer mesmo é matar bandido pode ser perigosa para
quem quer acabar com essa punição desenfreada e que não resolve em NADA nossa
vida cotidiana. Ninguém aqui pede o fim da responsabilização de ninguém,
pedimos o fim das torturas, o fim das mortes, o fim de um Estado presente
somente para garantir a ordem daqueles que o querem vivo sempre! Talvez as
únicas saídas para acabar mesmo com o Estado e suas instituições totalizantes
seja ouvindo no dia a dia e tentando construir junto o que queremos para o
futuro. O futuro está morrendo! A juventude está sendo dizimada, e defenderemos
mais Estado para continuar reprimindo-a? Não! Não contem comigo para isso!
É preciso
ser corajoso para tentar um mundo que não tem nome! É preciso saltar no abismo,
mesmo sabendo que pode ser o seu fim(o meu fim, o fim do nosso eu!), mas é
bonito também ir construindo coletivamente uma forma de mudarmos essa nossa
sede de vingança, essa nossa vontade monstruosa de querer destruir o outro pelo
que nós não tivemos coragem de fazer. O crime só nos mostra o que nós
poderíamos ser capazes de fazer e por isso nos amedronta e preferimos separar
do convívio social. Só ouvindo o que se vive na realidade é possível construir
caminhos menos violentos e mais possíveis. Afinal não foi em Vênus que os
crimes coram cometidos, assim somos nós os responsáveis por lidar com todos, TODOS
eles!
Pelo fim de manicômios, prisões, unidades socioeducativas, e
TODA forma de instituição total!
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
A Máquina
Quando te acercas do conhecimento
sobre a Máquina ela recua
Às vezes te expulsa, outras negocia
A Máquina te teme!
mas ela te tenta!
A tentativa da máquina,
alcançar-te
tomar-te por inteiro
para não toma-la você!
Aproxima-te da Máquina e a mesma te abocanha
se de forma sutil
se de forma tacanha!
A Máquina te proporciona prazeres
vidas diversas
no incansável paraíso da mentira
você constrói filhotes da Grande Máquina
e a mesma te descarta!
Vives pela Máquina e a Máquina
com morte te surpreende!
É preciso não vacilar diante da Grande Máquina
e nos seus entremeios
derrubar a mesma
para outra nomenclatura
sem nome
alcançar
para outro possível
impossibilitado por ela
legitimar
Assim quebras a Grande Máquina
para nada,
e sem medo,
colocar em seu lugar!
sobre a Máquina ela recua
Às vezes te expulsa, outras negocia
A Máquina te teme!
mas ela te tenta!
A tentativa da máquina,
alcançar-te
tomar-te por inteiro
para não toma-la você!
Aproxima-te da Máquina e a mesma te abocanha
se de forma sutil
se de forma tacanha!
A Máquina te proporciona prazeres
vidas diversas
no incansável paraíso da mentira
você constrói filhotes da Grande Máquina
e a mesma te descarta!
Vives pela Máquina e a Máquina
com morte te surpreende!
É preciso não vacilar diante da Grande Máquina
e nos seus entremeios
derrubar a mesma
para outra nomenclatura
sem nome
alcançar
para outro possível
impossibilitado por ela
legitimar
Assim quebras a Grande Máquina
para nada,
e sem medo,
colocar em seu lugar!
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Do que creio
Não acredito em baquetas
nas mãos de meninos de gueto
para aumentar as estatísticas da sua campanha eleitoral
Acredito em tambores
soando com garra
fazendo na marra
bolero-ravel-maracatu-tonal
Não me limito
às vossas ongs
associações
crentes beatas
nesse café matinal
Acredito em fuzis
de palavras
de balas forjadas
nos braços do nosso mal
Não acredito
em tua política
tua farsa
tua mística
é nossa a crítica
que vence o banal
Acredito nas vozes surdas
em bocas mudas
em tom
que nunca
verás igual.
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