Não me contaram o quanto era preciso se calar pra sobreviver
Nem que a fome atingiria os estômagos das crianças ainda com mais tenacidade
Não me contaram que muito mais sangue histórico seria derramado
E que à custa desse sangue
Perversos dominariam o mundo
Não me contaram que as cercas ainda seriam muito maiores
E que não havia o que fazer
Pois o inimigo sabia exatamente onde atingir o ego humano
Não me contaram que era preciso zelar pelo futuro
Nem que estaríamos imersos em piadas, sorrisos flácidos, mentiras aclamadas, e novos e reorganizados espetáculos de horrores.
Não me contaram que é tempo de dúvidas atrozes
Cortando a garganta
E silenciando quem antes era grito...