terça-feira, 2 de abril de 2013

Eu defendo sim, defendo Cuba, a Revolução Cubana e outras mais!




                               Bom o texto, foi postado no facebook de um dos meus “amigos” do facebook. O susto foi grande! O Texto: “Quem defende a Revolução Cubana ?”A expectativa do que estava para ser lido também.  A leitura foi feita, leitura compassada sem alguns entendimentos aprofundados de economia, mas sem crise, afinal  entender de economia não é para qualquer um. E aí eu entro no debate, sem muito embasamento, sem muita clareza do específico: econômico/político talvez...mas eu entro! Eu defendo Cuba! Defendo a Revolução Cubana. E não só Cuba, mas a Venezuela, a Coreia do Norte, talvez a China?(acho estranho demais aquela economia capitalista/pensamento comunista!). Defendo sem paixões avassaladoras, mas com uma paixão que me remete às possibilidades. Eu não vivi experiências intensas e verdadeiras para fazer um debate tão mesquinho às vezes, com todo respeito à política de quem não defende e ainda agride!
                      Sim! Eu defendo Cuba, não defendo os irmãos Castro, nem o Castrismo! Assim como também defendo a Venezuela, mas tenho crises sérias com o chavismo, ou se for o caso, (SE FOR) o culto à personalidade! Nunca me interessei por aquilo que se fala de uma boca só, por isso nas leituras sobre a Revolução Cubana, me interessei por aquilo que o povo dizia, leituras amplas, leituras críticas. Também nas leituras sobre o processo revolucionário venezuelano sempre me interessou a leitura sobre as caravanas, as comunas, as formações do povo, os seus núcleos. O povo venezuelano fala de política quase 24h por dia! E fala com propriedade! Afinal acho bem difícil, milhões na rua daquele jeito se não estão se formando acerca do que se passa em seu país! Lembro da tal Yoani Sanchez sendo sabatinada por poucos no Roda Viva e uma pergunta:” Engraçado como você diz que há uma ditadura em Cuba e está praticamente toda a população a favor né?”
                Eu defendo também Cuba pela relação que a mesma mantém com o resto do mundo e não só ela, também a Venezuela. Impressionante como o texto não dá conta disso, porque não dizer da solidariedade? Por que não falar do que se faz para distribuir o que se conquistou? De ciência, de conhecimento?
           Eu defendo Cuba pelas críticas internas que se pode fazer, sei que existem muitos presos dissidentes do regime, e acho complexo o debate e não me furto a eles. Mas até onde sei, eles não passam por violações de direitos como os nossos prisioneiros e coloco aqui: TODO PRESO OU PRESA É UM PRESO(A) POLÍTICO! Descubramos a realidade e façamos o debate. Ah e também sobre o debate da saúde mental, o debate acerca da homossexualidade, sobre o lugar das mulheres, sobre os vários avanços que se deve fazer nesses pontos, mas ainda assim defendo!
           Eu defendo Cuba e os cubanos, aquelas mulheres, aquela juventude que se posiciona, aquela juventude também assolada por essas ideias do capitalismo( sem hipocrisia! Sempre!), eu vivi por quatro meses junto com militantes de organizações políticas de toda América Latina na cidade de Guararema SP,  e pude ouvir de um cubano presente os mais de 600 atentados sofridos por Fidel durante e depois do processo de tomada do país. Esse cubano tinha em 2008, 46 anos e fez parte da juventude do partido comunista e da guarda da marinha e eu e um camarada mexicano tivemos a oportunidade de ouvi-lo falar muito sobre como se divide o poder e da dificuldade em colocar gente nova nos cargos, mas da abertura que se fazia nesse sentido!  Eu defendo Cuba e os cubanos por ouvir da boca dele as críticas e os bons exemplos, e não de quem se acha no direito de dizer a partir de leituras, ou até de vivências, mas que deveriam muito mais é criticar sim o Castrismo a reabertura econômica, mas dar mais energia militante às lutas do nosso país que se afunda numa falsa democracia!
      Eu defendo Cuba, os cubanos e os lutadores da Serra Maestra, não pelo que conquistaram, mas pelo que tentaram ser na Serra e depois dela dentro do governo. Eu sofro por não saber bem porque Haideé SantaMaria decidiu se matar no dia 26 de julho e as minha críticas se baseiam nisso, em o que se passou com esta revolucionária? Mas sem deslegitimar o que foi e é feito! O que precisamos é ler, estudar, defender ou não, mas construir algo! E não colocar energia militante para destruição de camaradas quando deveríamos tratar de forçar o avanço da luta de classes em nossa realidade!
    Eu defendo Cuba pelos filmes que vi, pelos depoimentos REAIS de pessoas que lá estiveram e me disseram: “ perguntamos à um cubano: “você prefere o capitalismo ou o socialismo?” e ele nos respondeu: “prefiro a tranquilidade!” A resposta está dada né? Eu defendo a frase da camarada Alessandra Vieira: “ os cubanos e venezuelanos não abrirão mão daquilo que conquistaram para retroceder à uma realidade como a nossa!”
Precisamos descobrir muito sobre Cuba? Sim! Precisamos também fazer debates profundos e não acharmos que somente nossas ideias são suficientes e que as picuinhas entre partidos favoráveis ou não às Revoluções são suficientes para avançar na luta de classes!
Pela luta das ideias!




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