Bom o texto, foi
postado no facebook de um dos meus “amigos” do facebook. O susto foi grande! O
Texto: “Quem defende a Revolução Cubana ?”A expectativa do que estava para ser
lido também. A leitura foi feita,
leitura compassada sem alguns entendimentos aprofundados de economia, mas sem
crise, afinal entender de economia não é
para qualquer um. E aí eu entro no debate, sem muito embasamento, sem muita
clareza do específico: econômico/político talvez...mas eu entro! Eu defendo
Cuba! Defendo a Revolução Cubana. E não só Cuba, mas a Venezuela, a Coreia do
Norte, talvez a China?(acho estranho demais aquela economia capitalista/pensamento
comunista!). Defendo sem paixões avassaladoras, mas com uma paixão que me
remete às possibilidades. Eu não vivi experiências intensas e verdadeiras para
fazer um debate tão mesquinho às vezes, com todo respeito à política de quem
não defende e ainda agride!
Sim! Eu defendo Cuba, não
defendo os irmãos Castro, nem o Castrismo! Assim como também defendo a
Venezuela, mas tenho crises sérias com o chavismo, ou se for o caso, (SE FOR) o
culto à personalidade! Nunca me interessei por aquilo que se fala de uma boca
só, por isso nas leituras sobre a Revolução Cubana, me interessei por aquilo
que o povo dizia, leituras amplas, leituras críticas. Também nas leituras sobre
o processo revolucionário venezuelano sempre me interessou a leitura sobre as
caravanas, as comunas, as formações do povo, os seus núcleos. O povo
venezuelano fala de política quase 24h por dia! E fala com propriedade! Afinal
acho bem difícil, milhões na rua daquele jeito se não estão se formando acerca
do que se passa em seu país! Lembro da tal Yoani Sanchez sendo sabatinada por
poucos no Roda Viva e uma pergunta:” Engraçado como você diz que há uma
ditadura em Cuba e está praticamente toda a população a favor né?”
Eu defendo também Cuba pela
relação que a mesma mantém com o resto do mundo e não só ela, também a Venezuela.
Impressionante como o texto não dá conta disso, porque não dizer da
solidariedade? Por que não falar do que se faz para distribuir o que se conquistou?
De ciência, de conhecimento?
Eu defendo Cuba pelas críticas
internas que se pode fazer, sei que existem muitos presos dissidentes do regime,
e acho complexo o debate e não me furto a eles. Mas até onde sei, eles não
passam por violações de direitos como os nossos prisioneiros e coloco aqui:
TODO PRESO OU PRESA É UM PRESO(A) POLÍTICO! Descubramos a realidade e façamos o
debate. Ah e também sobre o debate da saúde mental, o debate acerca da homossexualidade,
sobre o lugar das mulheres, sobre os vários avanços que se deve fazer nesses
pontos, mas ainda assim defendo!
Eu defendo Cuba e os cubanos,
aquelas mulheres, aquela juventude que se posiciona, aquela juventude também
assolada por essas ideias do capitalismo( sem hipocrisia! Sempre!), eu vivi por
quatro meses junto com militantes de organizações políticas de toda América
Latina na cidade de Guararema SP, e pude
ouvir de um cubano presente os mais de 600 atentados sofridos por Fidel durante
e depois do processo de tomada do país. Esse cubano tinha em 2008, 46 anos e fez
parte da juventude do partido comunista e da guarda da marinha e eu e um camarada mexicano tivemos a oportunidade de ouvi-lo falar muito sobre como se
divide o poder e da dificuldade em colocar gente nova nos cargos, mas da
abertura que se fazia nesse sentido! Eu
defendo Cuba e os cubanos por ouvir da boca dele as críticas e os bons
exemplos, e não de quem se acha no direito de dizer a partir de leituras, ou
até de vivências, mas que deveriam muito mais é criticar sim o Castrismo a
reabertura econômica, mas dar mais energia militante às lutas do nosso país que
se afunda numa falsa democracia!
Eu defendo Cuba, os cubanos e os
lutadores da Serra Maestra, não pelo que conquistaram, mas pelo que tentaram
ser na Serra e depois dela dentro do governo. Eu sofro por não saber bem porque
Haideé SantaMaria decidiu se matar no dia 26 de julho e as minha críticas se
baseiam nisso, em o que se passou com esta revolucionária? Mas sem deslegitimar
o que foi e é feito! O que precisamos é ler, estudar, defender ou não, mas
construir algo! E não colocar energia militante para destruição de camaradas
quando deveríamos tratar de forçar o avanço da luta de classes em nossa realidade!
Eu defendo Cuba pelos filmes que vi, pelos
depoimentos REAIS de pessoas que lá estiveram e me disseram: “ perguntamos à um
cubano: “você prefere o capitalismo ou o socialismo?” e ele nos respondeu: “prefiro
a tranquilidade!” A resposta está dada né? Eu defendo a frase da camarada
Alessandra Vieira: “ os cubanos e venezuelanos não abrirão mão daquilo que conquistaram
para retroceder à uma realidade como a nossa!”
Precisamos descobrir muito sobre
Cuba? Sim! Precisamos também fazer debates profundos e não acharmos que somente
nossas ideias são suficientes e que as picuinhas entre partidos favoráveis ou
não às Revoluções são suficientes para avançar na luta de classes!
Pela luta das ideias!
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