terça-feira, 5 de março de 2013

Por uma via de vida*



                        A nova configuração da comunicação é aclamada como uma das coisas mais interessantes desse nosso século! Tem horas que odeio essas paradas de redes sociais, até do telefone! Tem horas que é melhor não saber, ou saber de outro jeito! Essa velocidade com que as notícias chegam, mas a falta de um olhar diferente faz falta!
                        Por simples circunstâncias de relações vizinhança(para não dizer conflitos...) você acorda cedo, muito cedo para quem dormiu tarde, abre uma rede social e vê duas notícias pesadas, aquelas com as quais você precisaria de tempo para digerir, um olhar, alguém para dizer e não letras escritas numa tela de computador.
                       Uma delas não entraremos em detalhes pois é de foro íntimo, e como diria Antônio personagem do lindo filme: "A Máquina" não é da conta de ninguém a ser da pessoa que sente..." A outra um acidente na "bendita" BR 381! A rodovia da morte, mesmo que a via necessite levar é vida!
                       A BR 381 nomeada sem ter uma cara nova, a mais absurda em acidentes pelo menos na minha realidade de 15 anos morando bem pertinho. Acho sinceramente que quem tem obrigação de cuidar daquilo, deve sinceramente achar que é só de automóveis e motores que o mundo vive! Ou pior, acha que por ali não moram pessoas! Um acidente como esse influi na vida de muita gente, dos que estão diretamente envolvidos claro, os feridos as mortes...E os que moram no entorno, os que passam caminhando, os que vão ao trabalho, os que nunca de lá saem e circulam somente no bairro. A carreta caiu de uma altura impressionante!  As pessoas terão de passar naquela passarela destruída e o que se fará por essas pessoas? Por essas crianças que vão à escola, por esses trabalhadores que economizam os 3,90 da passagem de Sabará(absurdo!) para pagar o menos mas não tão menos absurdo 2,80 de BH? O que se fará para que a via seja mais de vida e menos de mortes?
                      Chego a imaginar e, não tão equivocadamente, que o interesse é sempre pelo material, pelo que se transporta de não humano na via, pelo poder, pelo ter. Assim não se entende a via como um transcurso de pessoas, senão de mercadorias!
                     Espero que os moradores tenham uma semana boa, meus pais não tenham se traumatizado tanto e que comecem a entender a via como acesso, como espaço de circulação de pessoas e não somente a velocidade comunicativa de mercadorias e de capital!



















*este é para a moradora Priscilla e para a minha amiga Élida!

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/03/04/interna_gerais,354597/acidentes-com-carretas-deixam-tres-feridos-e-um-morto-brs-381-e-040-foram-interditadas.shtml (o acidente, não olhem se preferirem)



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