segunda-feira, 11 de março de 2013

Teriam eles algo em comum?


                        Então, se os caras tem ou não algo em comum eu nunca vou descobrir, primeiro porque já morreram, e segundo porque se vivos eu provavelmente nunca me aproximaria deles a não ser através da mídia dominante ou da comunicação de luta em processo de construção, ainda muito iniciante, mas caminhando.
                       Como não sou jornalista vou me ater ao fato de ser uma leiga nessa discussão, que acho, dar um caldo importante!
                        Semana passada a América Latina perdeu um dos seus maiores representantes políticos, o mundo do lado de cá do oceano atlântico ficou com menos brilho, menos força militante, mas só por alguns momentos, porque a força do povo é que faz a História seguir!
                         Creio que um dia depois no Brasil morreu um cantor muito famoso, falo que creio porque sinceramente não acompanhei nada da mídia dominante em nenhum dos dois casos. Já faz um tempo que tomei a decisão de me privar de sofrer por acréscimo, já chega o que é impossível evitar, por exemplo: o trabalho, as questões cotidianas e as muitas merdas nas redes sociais que somos obrigados a ler e tentar dar uma resposta.
                          Bom, depois de toda essa digressão algo importante me cai diante dos olhos, um texto de um outro cantor de rock(seria rock aquilo? sei lá! não sou crítica musical também...) um texto diga-se de passagem muito interessante, muito louvável e bem colocado diante desse Brasil muitas vezes torpe e infame, aludindo à Latuff por exemplo. O texto do cantor se referia à cobertura que mídia dominante e redes sociais davam à morte do cantor, com infâmias, desrespeitos e baixarias. O texto trazia um trecho que quero reproduzir aqui: 
     
"As drogas estão inseridas na sociedade desde que o homem é homem e devemos tratar esta questão com responsabilidade e não com mais preconceito e estupidez. 
Por conta dessa postura é que acabamos criando uma nuvem de ignorância e falta de conhecimento que prejudica mais do que salva." Tico Santa cruz

O cara pode até não saber nada do outro morto do outro dia, não se importar, mas entrou num debate que o primeiro falecido se posicionou bastante, a COMUNICAÇÃO! Se a nação da qual o primeiro morto não tivesse construído, mesmo com tantas adversidades e contradições, nunca a sociedade mundial teria uma cobertura diferente de sua morte, um debate mais profundo e uma percepção acerca do que realmente anda acontecendo do lado de cá do atlântico! Aqui digo que o que os dois mortos tem em comum e talvez a única coisa seria que a mídia é ordinária para todos! O que o primeiro morto conseguiu foi construir junto com milhares de venezuelanos uma comunicação que falasse um pouco mais da realidade dos de baixo!

Acho que é meio por aí, o debate é intenso e estamos “presos” ainda a um poder muito grande, a comunicação serve à um poder o do capital, mas existem muitas lutas para derrubá-la, estamos construindo, capengando ainda, mas caminhando!

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